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    O Holodomor foi o motivo que falamos que comunista passa fome e não dá certo e realmente isto está certo um genocídio de milhões de ucranianos, que foram vitimados pela fome, como resultado da política econômica de Stalin entre 1931 e 1933.

    Sabemos que o século XX ficou caracterizado por grandes catástrofes, como as duas guerras mundiais e as organizações políticas totalitárias. Milhões de mortos, nações inteiras arruinadas e um legado de servidão e sofrimento foram constantes entre as décadas de 1920 e 1940, sobretudo nos territórios em que se propagou a violência das guerras: os continentes europeu, africano e asiático. Entre as barbáries cometidas pelos totalitarismos europeus, está, incontestavelmente, o holocausto dos judeus pelo nazismo. Contudo, outras ações de teor similar são ainda pouco conhecidas. É o caso do holodomor, ocorrido na Ucrânia, no início dos anos 1930.

    O termo “holodomor” vem do idioma ucraniano e significa “morte por fome”, ou “morte por inanição”. Esse termo passou a ser utilizado para definir o genocídio da população da Ucrânia, ocorrido entre os anos de 1931 e 1933, durante o processo de “coletivização forçada” dos campos agrícolas daquele país, então sob domínio da União Soviética, liderada do Joseph Stalin. O processo de coletivização forçada passou a ser aplicado por Stalin aos países da União Soviética por volta de 1928 e consistia em exigir (para o Estado) dos camponeses uma grande parte do excedente produzido a baixíssimos custos.

    Além disso, uma segunda etapa da coletivização entrou em ação por volta de 1930: as propriedades dos camponeses passaram a ser expropriadas pelo Estado soviético, que se impôs como principal administrador. A população ucraniana, no entanto, resistiu a esse processo. Os ucranianos têm uma tradição histórica de oposição ao domínio moscovita, isto é, russo, e empenharam-se em não obedecer às diretrizes de Stalin. O então líder da URSS começou uma campanha letal contra a população ucraniana. A princípio, Stalin perseguiu e expôs a julgamentos vexatórios vários líderes políticos e intelectuais ucranianos, executando-os sumariamente, a posteriori, para que não houvesse nenhum foco de resistência. Depois, a perseguição desdobrou-se sobre o próprio campesinato. As ordens de Stalin para os camponeses da Ucrânia passaram a ser absolutamente rígidas. Havia metas para a produção de cereais, que era destinada exclusivamente ao poder central soviético. Para cumprir essas metas, os camponeses precisavam abdicar até da parte destinada ao seu consumo próprio. Praticamente tudo o que era produzido passou a ser propriedade do governo. Muitos ucranianos começaram a morrer de inanição nos campos, nas vilas e nas cidades. O número de mortos chegou, dentro de três anos, a cerca de cinco milhões. Aqueles que eram flagrados tentando comer alguma batata ou grãos de milho às escondidas eram presos e levados para campos de trabalhos forçados.

    Alguns jornalistas estrangeiros chegaram a visitar a Ucrânia nesse período, como Malcolm Muggeridge, que viu o horror que o regime stalinista havia provocado na região, como destaca o historiador Robert Service:

    Muggeridge excursionou de trem pelas regiões da Ucrânia atingidas pela fome, onde testemunhou as consequências das medidas oficiais. Viu que camponeses desesperados lotavam as plataformas das estações de trem enquanto ele seguia viagem para o sul. Os corpos inchados de crianças famintas, órfãs de pais que haviam sido executados ou morrido por inanição, o deixaram horrorizado. A indiferença de funcionários do governo e do partido local quando ele perguntou o que estava acontecendo não conseguiu enganá-lo. Recusou-se também a deixar-se iludir por bajuladores comunistas. Infelizmente, geralmente seu editor em Manchester preferia da um tratamento mais brando a matérias relacionadas à União Soviética.

    A negligência de jornais dos países democráticos, como esse em que Malcolm trabalhava, em relação a acontecimentos como esse da Ucrânia contribuiu para que o holodomor fosse esquecido durante décadas. Jornais como o “Manchester Guardian” e vários intelectuais famosos da época, como George Bernand Shaw (que também visitou a URSS na mesma época), tinham afinidades com a ideologia comunista e, por isso mesmo, não achavam interessem divulgar os crimes de Stalin. Para encerrar, recorremos ainda a Robert Service, que narra a impressão que outro jornalista, chamado Gareth Jones, teve do mesmo acontecimento:

    Muggeridge pediu demissão do jornal, mas não sem antes conseguir publicar pelo menos alguns de seus despachos. Aliás, o Manchester Guardian aceitou publicar também um relato de Gareth Jones, um antigo secretário de David Lloyd George, fluente em russo. Jones ficou horrorizado com o que viu em povoados ucranianos e fez veementes discursos sobre o assunto quando voltou para a Grã-Bretanha. Muggeridge escreveu um cáustico relato de suas experiências em seu livro Inverno em Moscou

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