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O Califado Abássidaball foi o terceiro califado islâmico. Ele foi governado pela dinastia Abássida de califas, que construíram sua capital em Bagdá após terem destronado o Califado Omíada, cuja capital era Damasco, com exceção da região de Al-Andalus.
Ascensão[editar código-fonte]
Os califas abássidas eram árabes descendentes de Abas ibne Abdal Mutalibe (566–662), um dos tios mais jovens de Maomé, que se consideravam os verdadeiros sucessores de Maomé e adversários dos Omíadas. Estes, por sua vez, eram descendentes de Omíada e formavam um clã que se separou de Maomé na tribo de coraixita. Eles conseguiram o apoio dos xiitas (da sub-seita haximita, derivada dos Xiitas caisanitas) contra os Omíadas ao se converterem temporariamente ao islamismo xiita e se juntando a eles em sua luta contra os Omíadas.
Os abássidas também se distinguiram dos Omíadas ao atacar seu caráter moral e a sua administração de forma geral. De acordo com Ira Lapidus, "A revolta abássida foi apoiada de forma geral por árabes, principalmente os incomodados colonizadores de Marve, mais a facção iemenita e seus 'mawali". Os abássidas também apelaram para os árabes que ainda não se tinham convertido ao Islão, conhecidos como mawali, que permaneceram à margem da sociedade parental dos árabes e eram vistos como sendo uma classe inferior dentro do Império Omíada. Maomé ibne Ali ibne Abdalá, um bisneto de Abas, começou a campanha pelo retorno da família de Maomé, os Haxemitas, na Pérsia, durante o reinado de Omar II.
Durante o reinado de Maruane II, esta oposição culminou na rebelião de Ibraim, o imã, o quarto na linhagem de Abas. Apoiado pela província do Coração (atualmente no Irã), ele teve um considerável sucesso, mas foi capturado no ano de 747, vindo a morrer na prisão. A luta então continuou com seu irmão, Abdalá, conhecido pelo nome de Açafa, que derrotou os Omíadas em 750 na Batalha de Zab, perto do Grande Zab, e foi subsequentemente proclamado califa.
Poder[editar código-fonte]
A primeira mudança realizada pelos abássidas foi mudar a capital do império de Damasco, na Síria, para Bagdá, atualmente no Iraque. Este movimento teve como razão um desejo de apaziguar - e se aproximar - da base de apoio mawali persa que existia na região, sob influência mais forte da história e cultura persa, e que demandavam uma influência menos "árabe" no império. Bagdá foi fundada no rio Tigre em 762 e um novo cargo, o de vizir foi criado para permitir a delegação do poder central, com parte ainda maior dele caindo sobre os emires locais. Eventualmente, isso significou que muitos califas abássidas eram relegados a uma posição simplesmente cerimonial do que na época dos Omíadas, uma vez que o vizir começou a exercer uma grande influência, substituindo a antiga aristocracia árabe pela burocracia persa.
Os abássidas haviam dependido fortemente do apoio dos persas quando derrubaram os Omíadas. O sucessor de Abulabás, Almançor, quando mudou a capital de Damasco e convidou os muwali para a corte, ajudou a integrar as culturas árabe e persa, mas, ao mesmo tempo, alienou muitos de seus apoiadores árabes, particularmente os árabes de Coração que o haviam apoiado em suas batalhas contra os Omíadas. Estas fraturas na base de apoio dos abássidas quase que imediatamente causaram problemas. Os Omíadas, mesmo apeados do poder, não foram destruídos, uma vez que o último membro sobrevivente da casa real - que fora quase toda assassinada - conseguiu finalmente chegar a Espanha, onde se estabeleceu como um emir independente (Abderramão I, 756). Em 929, Abderramão III assumiu o título de califa, fundando Al-Andalus , com capital em Córdova, como uma rival a Bagdá ao título de capital do Império Islâmico.
Em 756, o califa abássida Almançor enviou mais de 4000 mercenários árabes para ajudar os chineses da dinastia Tang na Rebelião de An Shi contra An Lushan. Após a guerra, permaneceram na China. O califa árabe Harune Arraxide iniciou uma aliança com os chineses e diversas embaixadas dos califas árabes à corte chinesa foram preservadas nos anais dos Tang, o mais importante deles sendo os de (A-bo-lo-ba) Abulabas, o fundador de uma nova dinastia, a dos (A-p'u-ch'a-fo) Almançor, o construtor de Bagdá, e a de (A-lun) Harune Arraxide, melhor conhecido, talvez, nos dias de hoje através da obra popular conhecida como "As Mil e Uma Noites". Os abássidas (ou "Bandeiras Negras", como eles eram chamados), eram conhecidos na história chinesa como Heh-i Ta-shih, "Os árabes vestidos de preto".